Eu escolho o amor, sempre
- Aline S. Capella

- 13 de abr. de 2020
- 1 min de leitura
Vivemos dias difíceis.
Estamos travando uma batalha contra um inimigo invisível, que se infiltra pelas trincheiras de nosso corpo e, muitas vezes, nos derrota de forma silenciosa. Mas vamos vencê-lo com uma estratégia bélica: dividir para conquistar. Porque, hoje, para derrotar nosso inimigo, devemos nos afastar daqueles que mais amamos, aqueles que nos acalentam e nos dão forças. E ficamos assim: divididos, frágeis, de mãos atadas e corações destroçados.
Talvez nunca tivéssemos dado tanta importância a um abraço, um afago...
Um poeta amigo meu, Carlos Drummond de Andrade, já dizia: "O jeito no momento é ver a banda passar, cantando coisas de amor. Pois de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando."
Na época, ele falava do resultado de um dos Festivais, no qual "A Banda", de Chico Buarque, foi uma das canções vencedoras. Faz tempo, 1966, século passado. Viviam-se os Anos de Chumbo, mas as palavras do poeta maior cabem tão bem nos nossos dias... Precisamos de amor, de empatia, de paciência, de esperança e fé. Porque a distância que nos isola é a arma que temos para vencer nosso inimigo. E vamos vencê-lo. Mas precisamos sair dessa guerra melhor do que entramos. Precisamos sair renovados. De corpo, alma e coração. E abraçar e beijar e tocar e cuidar como nunca o fizemos antes.
O mundo será um lugar melhor. Eu acredito no amor, sempre.





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